Sempre me questionei (e ainda me questiono) se o que faço é a coisa certa a ser feita num determinado momento ou situação específica que esteja vivendo. Sou cristão e amo a Deus, sendo assim, as minhas atitudes precisam se encaixar nesse estilo de vida.
Sempre tive dificuldades de falar do evangelho (nunca fui o cara mais sociável da turma), e ainda hoje as oportunidades precisam aparecer na minha frente. Bem, quando realmente apareciam, eu discursava.
Uma experiência muito prazerosa que tive foi no meu primeiro emprego. Era um escritório de contabilidade com muitas “caras fechadas” pelos corredores, em típico regime militar. Comecei como estagiário, a cada dia conquistando meu espaço, até que fui “apresentado” ao computador. Daí em diante, comecei a me utilizar dessa ferramenta nos trabalhos técnicos do escritório e na hora do almoço, tentava descobrir como funcionavam os programas daquela geringonça, o que eu podia fazer com eles...
Todos sabiam que eu era cristão sem que eu precisasse chegar com uma camiseta dizendo que “Deus é bom” ou algum cartaz ou panfleto da minha igreja. Comecei a fazer amizades, participar de almoços e comemorações de aniversários. Nessas comemorações, descobri que podia fazer mais, além de cantar o “Parabéns”.
Quando o próximo colega do setor fez aniversário, preparei uma mensagem no programa de texto. Escrevi coisas simples, sempre apontando para a bondade de Deus em presentear aquela pessoa com mais um ano de vida, “colei” algumas figuras para que ficasse visualmente parecendo um “cartão de aniversário”. Por último, fiz com que o cartão passasse pelas mãos de todos do setor, para que lessem a mensagem e assinassem, parabenizando o aniversariante. No dia do almoço em comemoração, entregávamos o cartão.
Todos se emocionavam com as palavras e, com toda certeza, uma pequena semente foi plantada em seus corações. Fiquei nessa empresa quase sete anos. Ao sair para outro desafio, levei comigo essa mesma motivação.
(Quando eu era o aniversariante, sempre alguém escrevia um cartão pra mim, nos mesmos moldes do que fazia para os demais. Que fruto maravilhoso!)
A maioria desses textos só serão encontrados nas mãos dos seus respectivos destinatários/aniversariantes, pois falhei em guardá-los. Ainda pude preservar alguns, que no decorrer dos últimos meses postei aqui no blog.
Depois dessa simples experiência descobri que Deus pode me usar de inúmeras formas, até mesmo sem que eu perceba. Posso falar sem emitir qualquer som com meus lábios. Posso viver a vida que Ele me deu, fazendo com que os meus dons glorifiquem silenciosamente o nome Dele. Dons, diga-se de passagem, que Ele mesmo separou para mim e me presenteou.
Todas essas reflexões serviram, eu creio, para sinalizar a obra que Deus começava a realizar na vida de cada um.
Aí vai um aviso para você: Ninguém é desprovido de dons. Descubra os seus e use-os para a glória de Deus.
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