Leia I Crônicas 13:1-14
Não há dúvida que Davi foi um homem segundo o coração de Deus, pois o próprio Deus diz isso em Sua Palavra (ver I Samuel 13:14 e Atos 13:22). Davi era próspero e tinha o Espírito de Deus. Deixou sua marca na história como um servo de coração quebrantado e adorador, passível de muitos erros, mas que sabia o caminho do arrependimento.
Após seu tempo no deserto, Davi foi honrado por Deus, tornando-se Rei sobre Israel, com a anuência de todo o povo (ver I Crônicas 11:1-3). Conquistou Jerusalém e a ele uniram-se milhares de guerreiros, que o ajudavam em suas empreitadas militares.
Certa feita, Davi consulta os oficiais do povo e toma uma decisão importante: “Vamos trazer de volta a Arca de nosso Deus, pois não nos importamos com ela durante o reinado de Saul” (ver I Crônicas 13:3). Davi tinha a consciência de que estava faltando alguma coisa; uma percepção que anda em falta nos nossos dias!
“A Arca da Aliança (também chamada “Arca do Senhor”, “Arca de Deus”, “Arca da Aliança do Senhor”, “Arca do Testemunho” e “Arca Sagrada”) era uma caixa retangular de madeira de acácia. Seu revestimento interno e sua cobertura externa eram de ouro batido. Na parte superior ao redor, havia uma bordadura de ouro (Êxodo 25:11). Sobre o propiciatório, também de ouro maciço, haviam dois querubins, um em cada extremidade da Arca com as asas estendidas à frente um do outro, cobrindo o propiciatório (Êxodo 25:18-20). Do meio deles Deus se comunicava com o Seu povo (Êxodo 25:22).” [Comentário do Rev.Josivaldo de França Pereira]
Davi sentiu a necessidade de trazer de volta a Arca da Aliança, que representava a Presença de próprio Deus no meio do arraial. Significava que, tendo a Arca de volta, Deus estaria com o Seu povo e falaria através dos Seus profetas. Era o retorno ao centro da vontade de Deus; com o Senhor à frente, Davi não precisava de mais nada!
Conhecemos a história, Davi reuniu todos os israelitas e da casa de Abinadabe levaram Arca de Deus num carroção novo, conduzido por Uzá e Aiô (I Crônicas 13:7). A alegria era total e intensa; todos dançavam e cantavam. Nós, se estivéssemos lá, também engrossaríamos o coro. Mas a alegria durou pouco. Os bois que conduziam o carroção tropeçaram, Uzá tentou segurar a Arca e foi ferido de morte (v.10).
Alegria? Não... tristeza em todos os semblantes. Davi ficou contrariado e temeu diante do Senhor. “Como vou conseguir levar a Arca de Deus?”, exclamou. A empreitada acabou ali, num desfecho trágico.
Davi errou. A empolgação foi maior que o zelo pela ordenança do Senhor. Muitas vezes o entusiasmo faz-nos esquecer os detalhes da vontade do Senhor, e os mesmos detalhes nos fazem fracassar! Esquecemos que a obediência ao Senhor é integral, não parcial.
A Arca não precisava de carro novo, mas que os levitas a carregassem, apoiando as varas da Arca sobre os ombros, conforme Moisés tinha ordenado, de acordo com a Palavra do Senhor (ver I Crônicas 15:15). Passado um tempo, isso foi feito e, finalmente, a Arca foi levada para Jerusalém.
Hoje não temos uma Arca para carregar, ela ficou para trás, na velha Aliança. Mas o significado que ela tem para nós hoje remete a Jesus Cristo!
“A Arca tipifica o Senhor Jesus Cristo que intercede por nós detrás do véu. Verifica-se melhor a tipologia da Arca em Números 10:33, “a Arca da Aliança do Senhor ia adiante deles caminho de três dias, para lhes deparar lugar de descanso”. Jesus Cristo, o antitipo da Arca, vai adiante dos Seus remidos, explorando o caminho através do deserto deste mundo pecaminoso, e levando o Seu povo até a Canaã celestial”. [Comentário do Rev.Josivaldo de França Pereira]
É Jesus que devemos trazer para dentro de nossas vidas, casas e famílias! Somente Ele prepara um lugar de descanso para as nossas almas!
Precisamos trazer Jesus de volta às nossas vidas e realmente encarnar os valores que tanto pregamos! Davi errou, mas encontrou o caminho certo e trouxe de volta a obediência e a observância à Palavra de Deus! Não fica aí uma dica para nós? Sacrifício algum supera o despertar da obediência e devoção a Deus!
Pratiquemos...